7 Competências Empreendedoras
Para empreender com boas chances de sucesso, a pessoa atualmente precisa desenvolver as chamadas 7 competências empreendedoras, ou seja, um conjunto de habilidades importantes no contexto de micro, pequenos e médios negócios.
Neste texto, vou introduzir as competências que tenho aplicado em meus programas de mentoria de negócios, destacando sua importância. Nos próximos, desenvolverei com mais detalhes cada uma delas.
Definir Objetivos:
O empreendedor(a) que almeja sucesso necessita definir seus objetivos. Um negócio sem objetivos claros é como um avião alçando voo sem saber para onde vai. Convenhamos que as chances de um desastre são grandes, certo?
Sem objetivos claros, o negócio corre o sério risco de não saber como se posicionar, o que deve ser feito, se vai crescer, entre tantas outras questões essenciais. Quando me refiro ao negócio, claro que estou pensando nas pessoas que estão nele. Essas pessoas ficarão sem rumo definido, os próprios sócios ou sócias estarão perdidos(as).
Os objetivos indicam os rumos e se alinham com o propósito do negócio, isto é, com a razão de sua existência. Claro está que a falta de objetivos demonstra ausência de direcionamento e fraqueza de propósito. Se tais motivos não são fortes o suficiente para que a pessoa que empreende decida dedicar um tempo para definir os objetivos do negócio, então nada mais faz sentido…
Como inspiração, recomendo a leitura da história de vida de Soichiro Honda clicando nesse link. Ele foi um mestre na competência de definir objetivos.
Planejar:
Eis a 2ª competência empreendedora que destaco – planejar. Infelizmente, no Brasil, não temos cultura de planejamento. Como consequência, a maioria das pessoas que empreende jamais fez ou fará um bom planejamento. Entendem que se trata de “perda de tempo”, o que indica claramente que não compreendem sua importância.
Contudo, o planejamento, independente da forma como será registrado (plano de negócios, canvas, etc) é um documento vivo que contém as ideias e informações fundamentais do negócio. Assim sendo, ao planejar, a pessoa organiza as ideias e as ações, estrutura e alinha processos, analisa a viabilidade comercial dos seus produtos ou serviços, constrói os caminhos até seus objetivos.
Costumo dizer que objetivos e planejamentos são como aquelas duplas de ataque do futebol brasileiro. Um, sem o outro, perde força… Ou você imagina que Romário sem Bebeto, e Ronaldo sem Rivaldo, teriam vencido as Copas de 1994 e 2002, respectivamente?
Mapear cenários e situações:
A habilidade de entender os cenários em constante mudança, as situações e suas demandas e oportunidades, e agir de forma adequada, é inestimável à pessoa que empreende.
Para tanto, é necessário conhecer seu mercado de atuação, o que está acontecendo, quais as boas práticas, os erros a evitar, além de manter-se informado do contexto macroeconômico.
Se por um lado é inevitável que muitas decisões sejam tomadas sem que todas as informações estejam à mão, o que aumenta os riscos de quem empreende, por outro lado esse risco pode ser reduzido pela habilidade de entender o que está ocorrendo no seu mercado e “ler” as situações.
Viver a Cultura de Networking:
O ser humano é, por natureza, um ser social. Vive em famílias, grupos, comunidades. Pertencer a grupos é uma de nossas mais fortes características, e o sentimento de solidão nos apavora.
Não é por acaso que o trabalho e os negócios ocorrem tanto entre pessoas quanto em grupos de pessoas, como empresas ou instituições. Podemos falar em networking, isto é, estruturas em redes de contatos que conectam pessoas que trabalham.
Entender essa dimensão das redes de contatos e utilizá-la é uma competência empreendedora das mais importantes, posto que ninguém realiza nada sozinha(o). É isso que chamo de cultura de networking.
Todos precisam de outras pessoas, o que é evidente nos negócios – sem clientes e fornecedores, por exemplo, simplesmente não existiriam negócios, certo?
Ter foco em Pessoas e em Resultados:
São as pessoas que constroem os resultados de um negócio. Tamanha verdade jamais deveria ser esquecida. Claro que outros elementos são importantes, como processos de trabalho, ferramentas, estruturas, etc. Mas, sem as pessoas, pouco aconteceria.
Ainda que a chamada “inteligência artificial” esteja cada dia mais presente, não se pode esquecer que mesmo assim as pessoas têm parcela fundamental, incluindo seu papel como consumidoras de produtos e serviços.
Muitas vezes os resultados são priorizados, e as pessoas acabam sofrendo com processos mal elaborados, cobranças indevidas, pressão exagerada. O fato é que negócios precisam de pessoas e de resultados, e ambos merecem atenção.
A pessoa que empreende deve se atentar a isso e desenvolver a competência de valorizar as pessoas para atingir os resultados desejados.
Melhorar a Qualidade:
Sem qualidade, produto ou serviço algum se sustenta no seu respectivo mercado. A qualidade é uma obrigação dos negócios e de quem empreende. Ao mesmo tempo, qualquer produto ou serviço pode ser melhorado ao longo de seu ciclo de vida.
Pequenos ajustes na qualidade podem ocorrer sempre, seja em um processo, uma matéria prima, uma embalagem, uma estratégia comercial, etc.
A melhoria de qualidade é uma competência empreendedora que aumenta muito as chances de sucesso ao evitar que o negócio fique estagnado. Afinal, em tempos de mudanças tão intensas quanto rápidas, quem fica parado no tempo está sendo ultrapassado em velocidade tamanha por todos seus concorrentes que até poderá parecer que engatou a marcha a ré.
Praticar Inovação:
Essa competência está ligada à anterior na medida em que a prática da inovação facilita a melhoria da qualidade. Ao buscar coisas novas, processos inovadores, práticas mais modernas, e tudo que pode ser associado à inovação propriamente dita, a pessoa que empreende geralmente melhora também a qualidade de seus produtos ou serviços.
O caminho para desenvolver a competência em questão é o investimento contante em si mesma(o) com leituras, cursos, palestras, interação com clientes e fornecedores, além de olhar seu mercado com atenção para saber o que está surgindo, quais as boas práticas e manter-se informado.
Um repertório atualizado de ideias e boas práticas é alimento para a inovação. Sem esse alimento, fica muito complicado inovar posto que as ideias e boas práticas não surgirão “do nada”, como fruto de mágica.
Vale a pena:
Em resumo, desenvolver competências empreendedoras é algo muito maior e mais importante do que simplesmente estabelecer vantagens competitivas em seu mercado de atuação.
Trata-se de construir um processo de desenvolvimento de si mesma(o) como pessoa que empreende, com impactos reais na geração de retorno financeiro e naquilo que chamo de senso de realização, um sentimento de valorização, reconhecimento e orgulho com o próprio trabalho e/ou negócio.
Para te ajudar nisso, vou elaborar novos textos para cada competência empreendedora. Acompanhe e aproveite para investir seu tempo e sua energia em você mesma(o)! Com certeza valerá muito a pena.
Excelente texto!
Obrigado!
Texto claro e objetivo. Um ótimo resumo das principais competências para empreender.
Obrigado pelo feedback!