4ª Competência Empreendedora: Viver a cultura de networking
Vamos falar hoje da 4ª competência empreendedora: viver a cultura de networking. Isso é algo importantíssimo que grande parte das pessoas que empreende simplesmente desconhece ou esquece de praticar.
Na condição de seres humanos, vivemos cercados por pessoas e grupos. É um fato inquestionável, seja na vida familiar, social, profissional, etc. Mesmo aquelas pessoas que buscam isolar-se e reduzem seu contato com outras pessoas ao máximo, não conseguem evitar completamente.
Somado a tal condição, negócios acontecem entre pessoas, envolvendo pessoas. Se uma pessoa vende, outra compra. Quando uma presta serviço, outra contrata. Se uma é dona de seu negócio, outras são clientes ou fornecedores.
Networking: o que é essa palavra estranha?
Embora esteja “na moda”, a palavra networking ainda precisa ser melhor compreendida e aplicada. Em uma tradução livre, net seria o substantivo “rede”, e working significa o gerúndio do verbo trabalhar, ou “trabalhando”.
Em geral, entende-se por networking algo como uma rede de contatos, isto é, uma rede ou estrutura de relacionamentos capaz de elevar o potencial de realização desse conjunto de pessoas.
Afinal, como negócios são feitos entre pessoas, quanto maior e melhor a rede de relacionamentos, maiores as chances de crescimento.
Redes
Já que net significa “rede”, vamos falar disso! Ou melhor, vamos analisar suas redes de contatos. Você tem ou acredita ter uma rede de contatos? Consegue visualizá-la?
Uma rede de contatos não é simplesmente um monte de nomes conectados em uma plataforma, como o Facebook ou o Linkedin. Mesmo que você tenha milhares de contatos nessas mídias sociais, isso significa pouco, bem pouco mesmo.
Para que se considere como rede, as pessoas ali precisam estar “em contato”, devem se manter interagindo e atualizadas sobre o que as demais estão fazendo, quais projetos desenvolvem, como estão no mercado, etc.
No Facebook, por exemplo, é muito comum que várias das pessoas simplesmente estejam lá listadas porque foram próximas no passado, como nos tempos de escola ou faculdade.
Mas, na prática, não há interação alguma há décadas e elas sequer sabem o que você tem feito profissionalmente (e a recíproca é verdadeira). Como consequência inevitável, elas não são uma rede de contatos.
O que fazer para criar e manter redes
Como a frase acima já deixa claro, são duas tarefas permanentes: criar as redes e mantê-las. Geralmente a criação é mais fácil; a manutenção demanda mais trabalho.
Criar redes costuma ser mais fácil porque somos um povo comunicativo, que gosta de interagir e participar de eventos dos mais variados tipos. Assim sendo, se você participa de uma feira de negócios ou faz um curso presencial, acaba conhecendo pessoas, interagindo e trocando contatos. É dessa forma que uma rede começa a ser formada.
O WhatsApp facilita nesse sentido porque é rápido para salvar um contato e facilita a formação de grupos – basta estar em um curso presencial e provavelmente você estará dentro de um grupo do WhatsApp com as pessoas do curso.
Contudo, a manutenção das redes demanda bem mais trabalho. Trata-se de se manter em contato com as pessoas, trocar mensagens, compartilhar informações relevantes, estar atualizado sobre o que elas têm feito e mantê-las atualizadas dos seus projetos.
Se possível, estreitar laços agendando cafés e/ou reuniões de negócios e participando de mais eventos, sejam sociais ou profissionais, nos quais aquelas pessoas estão envolvidas.
Viver a cultura de networking
Quando se acredita na força das redes de contato, e se entende sua importância para o trabalho, a carreira e os negócios, inevitavelmente será necessário olhar para as redes de um jeito mais atento.
Podemos dizer que, em tal circunstância, a pessoa começa a viver uma cultura de networking posto que criar e manter redes de contato se torna uma prática cotidiana tão essencial quanto vestir-se para o trabalho e cumprimentar outras pessoas com educação.
Afinal, em qualquer contexto de trabalho, as empresas e instituições têm seus códigos culturais, isto é, modos próprios de se comportar, interagir, lidar com clientes e fornecedores, vestir-se, etc.
Algumas empresas e instituições, por exemplo, são mais formais em sua cultura, outras menos; algumas exigem um jeito de se vestir mais social, enquanto outras apresentam uma cultura mais casual. É a cultura se manifestando o tempo todo!
A mesma lógica se aplica à prática do networking para a criação e manutenção de redes de contato. Trata-se de um conjunto de elementos, como jeitos de se comportar, interagir e lidar com pessoas, que se manifestam como uma cultura.
O que fazer para viver essa cultura?
Se você percebe que ainda não atingiu esse estágio de vivência do networking, sugiro que se esforce para começar imediatamente. Um bom 1º passo é reconhecer que suas redes de contatos podem estar frágeis, assim como um 2º passo é se comprometer a participar mais de eventos sociais e profissionais, cursos presenciais e afins, e interagir com as pessoas nesses locais.
Ao iniciar, e então seguir praticando, você perceberá que suas redes de contato crescerão em quantidade e melhorarão em qualidade na mesma proporção do seu esforço, até o dia em que você notará que o faz sem pensar, praticamente no “piloto automático”. É nesse ponto que o networking se tornou uma cultura para você!
Sidney, você sempre tão claro nas suas definições! Entendo que como “rede” o networking não deve ser tratado como via de mão simples, pelo contrário, referenciar e indicar os serviços de colegas e parceiros vale mais que distribuir cartões de visitas!
Oi, Vanessa, agradeço o elogio; essa via de mão dupla é fundamental! E está presente no trabalho para criar e manter as redes, vivendo o networking.
Conteúdo relevante demais, a necessidade de networking nos dias atuais é uma chave primordial para alavancar os negócios.
Agradeço o comentário, Celso! Networking é chave para o sucesso, com certeza!
Você como sempre inspirador e certeiro nos seus conteúdos. Que sorte a minha te-lo como mentor.
Grato pelas palavras, Lili!