Fome de Poder
O filme Fome de Poder (The Founder, no título original em Inglês) é de 2016. Dirigido por John Lee Hancock e estrelado por Michael Keaton, aborda a história do nascimento da rede de fastfood McDonald’s.
Além de estarmos em janeiro, com muita gente curtindo férias, um bom filme é sempre opção interessante para um final de dia sentado no sofá. E Fome de Poder é um ótimo filme!
Como tudo começa
O personagem de Keaton é um vendedor meio frustrado que viaja a trabalho e frequenta lanchonetes ruins. Até que ele conhece uma lanchonete de bairro com um sistema diferente, inovador para a época, dirigida diretamente por dois irmãos sócios cujo sobrenome era McDonald.
O estabelecimento ficava na Califórnia e surpreendia pela limpeza, rapidez e eficiência no atendimento, além de lanches com qualidade superior aos concorrentes.
Ali tudo começa a mudar. Ele se interessa pelo negócio, faz proposta para ser sócio e começa a desenvolver novas ideias para fazer a lanchonete crescer. Sem entrar em detalhes para não dar spoiler, basta dizer que toda a trama gira em torno da dinâmica entre os dois irmãos fundadores e o terceiro interessado.
Polêmicas
Evidentemente, o filme apresenta perspectivas polêmicas surgidas a partir dessa relação. Eu conversei com alguns conhecidos, como colegas de trabalho e familiares, que assistiram ao filme e as opiniões são bem diversas. Há quem defenda os irmãos fundadores, assim como outras pessoas entenderam que o personagem de Keaton tinha suas razões para agir como agiu.
O fato é que é difícil imaginar que a trajetória de uma lanchonete de bairro que se transformará em uma empresa multinacional com faturamento gigante não seria repleta de passagens polêmicas.
Vida empreendedora
O que me chamou atenção no filme é exatamente a variedade de perspectivas sobre elementos da vida empreendedora. Refiro-me, por exemplo, à questão do quanto os sonhos e objetivos de sócios podem se chocar e gerar conflitos, os diferentes pontos de vista nas situações do dia a dia, o modo de agir e reagir, entre outros.
Durante o filme, surgem muitos exemplos dos desafios de quem empreende. A cena em que funcionários e sócios treinam seus movimentos no que seria a cozinha é um clássico da busca de eficiência.
As reuniões tensas para tomada de decisões são outro exemplo da vida empreendedora. Uma escolha errada pode colocar tudo a perder, e geralmente as informações disponíveis não são muitas…
A consequência, portanto, é a necessidade de saber lidar com certo grau de risco o tempo todo. Pode dar certo, pode dar errado; só se saberá ao executar certa ideia.
Aprendizagens
Aprendi muito com o filme como um todo, e particularmente com as cenas citadas com situações da vida de empreendedores que buscam acertar e crescer. Por isso eu o indico constantemente.
De modo particular, aprecio filmes com histórias reais de negócios e pessoas. Servem como inspiração e ilustram elementos da vida que poderiam permanecer esquecidos ou pouco valorizados.
Em Fome de Poder, um elemento gerador de aprendizagens é o impacto da correta percepção do negócio em si. A lanchonete não tinha como diferencial a qualidade das refeições servidas, por melhores que fossem. O verdadeiro diferencial era servir com rapidez e eficiência.
Os dois sócios originais não perceberam isso. O personagem de Keaton, sim. Daí ele sugerir aperfeiçoamentos nesse quesito, e não nas receitas dos lanches. A cena em que sugere mudança na receita do milk shake para tornar seu preparo mais rápido e eficiente é notória. Tratava-se de lapidar ainda mais o que já despertava atenção dos clientes, ampliando sua percepção de valor para a marca.
Além da riqueza da história em si, belas atuações de um elenco muito competente, com destaque para a interpretação de Michael Keaton. Embora tenha em sua carreira muitas atuações criticadas (como sua versão para o personagem Batman em 1989 e 1992), o ator foi bem avaliado por seu trabalho em Fome de Poder.
Assista e comente no blog! Eu vou gostar muito de ler sua opinião. O filme estava na Netflix, mas agora está na HBO Max.
Divirta-se!